Segue o impasse no Hospital de Caridade de Canguçu. Na manhã desta segunda-feira (9), funcionários da instituição aprovaram um indicativo de greve, em protesto aos dois meses que estão sem receber e à falta de pagamento do 13º nos últimos dois anos. A manifestação teve grande apoio dos servidores e a presença de representantes do Sindicato da Saúde de Pelotas. Ainda não há previsão para uma nova assembleia que possa decretar a greve.

Além do atraso nos pagamentos, alguns funcionários estão sem receber pelos três últimos períodos de férias. A situação financeira do hospital é delicada. Apesar da impossibilidade da administração atender às reivindicações, o gestor-administrativo, Mário Luiz Fonseca, manifestou apoio aos funcionários.  A expectativa é de que até o dia 17 de abril o governo do Estado volte a repassar verbas à instituição e os salários de fevereiro e - talvez - março sejam quitados.

O Hospital de Caridade depende da assinatura do novo contrato com o governo, que diminuirá pela metade o valor recebido, para garantir cerca de R$ 750 mil de repasses já prometidos – R$ 400 mil de emenda parlamentar e R$ 350 mil de incentivos. Para o gestor-administrativo, a nova perespectiva de repasse anual, cerca de R$ 4,8 milhões, não deve diminuir o número de atendimentos na instituição.

A situação, no entanto, causa insegurança entre os trabalhadores. “Não sabemos se vamos receber nossos salários e nem se receberemos rescisão em caso de demissões”, declarou uma funcionária ao Diário Popular.